Nome: Alexandre Nikolaevich Romanov (Alexandre II da Rússia)
Pais: Nicolau I da Rússia e Alexandra Feodorovna (Carlota da Prússia).
Nascimento: 29 de Abril de 1818
Reinado: 3 de Março de 1855 - 1 de Março de 1881
Principais reformas:
Família:
Consorte: Maria Alexandrovna da Rússia (nascida Princesa Maximiliana Guilhermina Augusta Sofia Maria de Hesse-Darmstadt).
O casamento entre Alexandre II e a jovem princesa alemã não foi bem recebido entre os pais dele, principalmente a mãe, a Imperatriz Alexandra Feodorovna. Ela considerava Maria demasiado calada e pouco ambiciosa para o papel de Imperatriz de todo o Império. Complicando a situação, o parentesto dela era questionado. A sua mãe, Guilhermina de Baden, mantinha uma relação extra-conjugal com um dos amigos do marido e pensasse que tanto Maria como o seu irmão mais velho, Alexandre, eram filhos dessa relação e não do Grão-duque Luís II de Hesse-Darmstadt. Alexandre ignorou os conselhos da mãe e casou-se com ela em Abril de 1841.
Embora o inicio do casamento tivesse sido romântico, Alexandre cansou-se rapidamente da sua esposa conservadora e foi procurar conforto por entre a corte. Acabaria por formar uma nova família com a plebeia Catarina Dolgorukov com quem se casaria pouco depois da morte de Maria em 1881.
Coroação de Alexandre II e Maria Alexandrovna
Filhos:
Alexandra Alexandrovna Romanova
Nascida a 30 de Agosto de 1842, Alexandra foi a primeira filha do Czar. Não atingiu a idade adulta devido a uma meningite fatal que a atingiu quando ela tinha 6 anos de idade. É talvez mais conhecida pelos rumores de que o seu fantasma apareceu durante uma sessão espirita realizada pelo seu pai.
Nicolau Alexandrovich Romanov
Segundo filho do Imperador, teria sucedido ao pai se tivesse resistido a um fatal ataque de Tuberculose quando tinha 21 anos. Foi o primeiro noivo da Princesa Maria da Dinamarca, mas no leito de morte expressou o desejo de a ver casada com o seu irmão mais novo, Alexandre.
Alexandre III da Rússia
Vladimir Alexandrovich Romanov
Conhecido principalmente durante o reinado do sobrinho, Nicolau II, por ser o Grão-duque mais velho da família. Juntamente com a sua esposa, Maria Pavlovna, opôs-se seriamente às suas políticas. Fundador do ramo "Vladimirovich" da família imperial, a sua bisneta, a Grã-duquesa Maria Vladimirovna, reclama actualmente o direito de chefe da família Romanov.
Alexei Alexandrovich Romanov
Banido da Rússia pelo seu irmão Alexandre após o seu casamento "ilegal" com uma plebeia, passou grande parte da sua idade adulta em Paris. Antes era um importante membro da Marinha Imperial.
Maria Alexandrovna Romanova
A única filha sobrevivente do Czar, casou-se com o Príncipe Alfredo do Reino Unido, filho da Rainha Vitória. Entre os seus filhos incluem-se a Rainha Maria da Roménia e a Princesa Vitória Melita, primeira esposa do Grão-duque Ernesto Luís de Hesse e, mais tarde, do Grão-duque Cyril Vladimirovich da Rússia.
Sergei Alexandrovich Romanov
Uma das principais figuras do reinado do Czar Nicolau II, foi Governador-geral de Moscovo e grande opressor das minorias da cidade, o que lhe valeu o ódio dos seus hábitantes. Casou-se com a Princesa Isabel de Hesse-Darmstadt, irmã mais velha da futura Czarina Alexandra Feodorovna, de quem não teve filhos. Acabou por ser assassinado em 1905.
Paulo Alexandrovich Romanov
O filho mais novo do Czar, casou-se em primeiro lugar com a Princesa Alexandra da Grécia e Dinamarca de quem teve dois filhos, a Grã-duquesa Maria Pavlovna e o Grão-duque Dmitri Pavlovich. Mais tarde apaixonou-se pela esposa de um dos guardas do seu regimento, Olga Paley. Os dois iniciram um romance que levou ao divórcio dela e à expulsão do casal e do filho da Rússia. Mais tarde chegaria ao quarto lugar na linha de sucessão, o que levou ao perdão do Czar e o regresso à Rússia. Foi nomeado o porta-voz da família para avisar o seu sobrinho Nicolau II sobre Rasputine, sendo ignorado. Acabaria mesmo por cortar relações com o sobrinho quando ele rejeitou a petição escrita pela esposa de Paulo para que o seu filho Dmitri pudesse permanecer na Rússia após o assassinato do monge siberiano. Acabaria por ser assassinado em Janeiro de 1919 pelos bolcheviques.
Causa de morte: Assassinado quando uma boma explodiu dentro da sua carruagem.
Normalmente quando uma família inteira é assassinada brutalmente numa cave de uma forma misteriosa sem que ninguém saiba ao certo o que aconteceu, espera-se que os fantasmas relacionados com essa mesma família sejam eles próprios. No entanto, a verdade é que, à excepção de raros relatos de pessoas que afirmam ter visto os Romanov na Igreja de Todos os Santos em Ekaterinburgo, (construída no local onde os corpos foram encontrados), e o fantasma da Czarina a vaguear pelo Palácio de Alexandre, as histórias de fantasmas que estão ligadas à última família imperial russa falam mais daqueles que os assombraram do que daqueles em que se tornaram.
Algumas dessas histórias espalharam-se por biografias, rumores e notícias...
um empregado do Museu do Palácio de Alexandre afirmou ter visto o fantasma da Czarina vaguear os corredores
Uma das primeiras histórias de fenómenos paranormais que, potencialmente, atormentavam a última família real russa data de 1894, ano em que Nicolau II se tornou czar da Rússia e é mencionada num artigo do "Indian Express" de 1998 intitulado "O Kremlin está assombrado":
"Segundo a tradição russa, uma visão do fantasma de Ivan, o Terrível, é sempre considerada como um sinal de mau agoro para quem estiver no poder. Diz-se que em 1894, quando o último czar Russo estava prestes a exercer funções e perto do seu casamento com a futura Imperatriz Alexandra Fedorovna, o espirito de Ivan, o Terrível, era visto com muita frequência. O czar e a sua família acabariam por ser assassinados pelos bolcheviques depois da Revolução de Outubro em 1917".
Ivan, o Terrivel
Poucos anos depois da coroação, em 1898, quando a filha mais velha do casal, Olga tinha 3 anos de idade, costumava dizer à sua ama, Miss Eagar, que via e falava com uma senhora velha com um vestido azul. Ninguém fez caso das afirmações da criança até que, um dia, quando ela e a ama passeavam pelo Palácio de Inverno, Olga apontou para um quadro de Maria Alexandrovna, sua bisavó e esposa de Alexandre II que tinha morrido em 1880 e identificou-a como sendo a mulher com quem falava. Esta história é contada no livro "Romanov Autumn" de Charlotte Zeepvat.
Olga, a filha mais velha do czar, afirmava ver e falar com a sua bisavó, morta 15 anos antes do seu nascimento
Outro relato sobre os fantasmas que assombravam a família encontra-se na biografia da ama das crianças Romanov e conta o que aconteceu com as duas filhas mais novas de Nicolau II, Maria e Anastasia, na noite de 5 de Novembro de 1903 quando a família se encontrava na Polónia na véspera da morte da prima mais velha das princesas:
"Sem aviso as duas pequenas Grã-duquesas, Maria e Anastasia, começaram a gritar e eu corri até ao quarto delas; Encontrei-as a ambas sentadas nas suas camas com expressões aterrorizadas. Disseram-me que estava um homem estranho no quarto que as tinha assustado. Os quartos estavam localizados numa suite, e apenas se podia entrar neles pela sala de jantar ou pelo segundo quarto e a esse apenas se poderia entrar a partir de um outro no qual a pequena Princesa [Elizabeth] se encontrava doente, logo ninguém poderia ter entrado naquele quarto sem o nosso conhecimento. O médico e o empregado do pequena Princesa tinham passado a noite inteira entre a sala de jantar e o quarto da Princesa.
Pensei que a luz do candeeiro podia ter feito com que uma sombra do quarto vizinho tivesse levado as crianças a pensar que estava alguém no quarto. Então mudei a posição dele, mas mesmo assim as crianças estavam com medo, e diziam que ele estava escondido por detrás da cortina. Acendi uma vela e peguei na pequena Anastasia ao colo, levando-a por todo o quarto para provar que não havia absolutamente nada para a assustar. O médico entrava e saía para acalmar a Maria, mas de nada valia a pena: ela não se acalmava e a Anastasia recusava-se a voltar para a cama, por isso sentei-me com ela e tentei reconfortá-la. Ela escondeu a cara no meu pescoço e agarrou-se a mim a tremer. Era terrível para mim vê-la tão assustada [...].
Segundo a sua ama, Anastasia e Maria também tiveram uma visita indesejada
A Maria continuava a falar sobre a pessoa horrível e levantava-se da cama aterrorizada muitas vezes. O médico continuava a entrar e a sair e contou-me que um médico desconhecido tinha sido chamado ao palácio e tinha dado uma injecção de cafeína a Elizabeth que sofria bastante [...]. Quando a Maria voltou a falar sobre o estranho homem, eu disse-lhe: "Um médico desconhecido veio aqui ajudar o Doutor H. a pôr a prima Ella boa e talvez tenha passado pelo vosso quarto por engano, ou talvez o tenham ouvido falar, mas não está ninguém aqui neste momento". Ela assegurou-me que o estranho não era um médico e não tinha entrado por aquela porta ou falado.
Subitamente ela levantou-se da cama e olhou para algo que eu não conseguia ver. "Oh!", disse ela, "ele foi para o quarto da prima Ella." A Anastasia sentou-se no meu joelho e disse, "Oh! Coitada da prima Ella, coitada da Princesa Elizabeth!" A pequena menina morreu na manhã seguinte."
A Princesa Elizabeth morreria no dia 6 de Novembro de 1903, aos 8 anos de idade comFebre Tifóide.
Mas não foi só a última família imperial que teve supostos encontros com o além.
Em 1849, a filha mais velha do czar Alexandre II, a Grã-Duquesa Alexandra Alexandrovna, morreu com 6 anos de idade. 11 anos mais tarde, em 1860, o seu pai afirmou ter-se encontrado com ela novamente:
"O fantasma de Alexandra supostamente apareceu juntamente com o do seu avô, Nicolau I da Rússia, durante duas sessões espirituais por volta de 1860, organizadas pela Grã-Duquesa Alexandra Iosifovna. O czar e outros membros da corte interessavam-se por espiritismo, que estava muito na moda na altura.
Numa destas reúniões, a mesa levantou-se alguns centimetros, rodopiou e raspou no chão, formando as palavras "Deus Salve o Czar!" O czar e outros presentes afirmaram terem sentido figuras fantasmagóricas tocarem-lhes. Os espiritos responderam a perguntas colocadas por Alexandre II, fazendo com que as letras do alfabeto que ele tinha escrito num papel que mantinha em frente de si se mexessem.
Uma aia afirmou mais tarde que as respostas não tinham a menor importância para as perguntas colocadas e questionou-os sobre o facto de darem mais importância a jogos do que a procurar verdadeiras respostas para as perguntas do czar. A mãe de Alexandra (Maria Alexandrovna) recusou-se a assistir à segunda sessão por considerar que os fantasmas eram "espiritos de mentiras" manipulados pelo demónio e que a sua filha não tinha, de facto, aparecido."
Um dos raros retractos da Grã-duquesa Alexandra Alexandrovna da
Rússia
Para além destas histórias, várias pessoas afirmam que existem fotografias da família nas quais são visíveis misteriosas figuras que não deveriam estar lá naquele momento... cada um que tire as suas próprias conclusões...
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